29 novembro 2008

Morangos com Açúcar



Sexta-feira à noite, uma infinidade de hipóteses, possibilidades de algo interessante, produtivo(?), divertido e estimulante para fazer. Assim como umas tantas necessidades para resolver antes. Mas invariavelmente lá estão os meus colegas, a ver a telenovela intitulada de fruta adocicada.

Alguém compreende este meu desespero? (Aqueles marmanjos citados, escusam responder)

Ah mas depois não é que surge um corpo mais desnudo no ecrã da televisão? Pronto, já sei que não adianta discutir.


28 novembro 2008

Uma curva que não lembra ao diabo



E (eu) descobri que uma curva, ou melhor, o conjunto de duas, podem ser ortogonais. Claro, dependendo do ponto de vista e, sobretudo, de abstracção. Aula de Laboratório de Arquitectura III



27 novembro 2008

E foi por isso



Certo dia, Matisse disse a seus alunos para cortarem a língua, se quisessem pintar.

Como Van Gogh não queria ouvir isso, cortou a orelha.


26 novembro 2008

Ensaio sobre a Cegueira



É difícil arrancar-me uma reacção a este filme, baseado na obra do nobel José Saramago. "Brutalíssimo" foi o primeiro adjectivo que me surgiu, não no sentido coloquial da palavra, mas sim no sentido literal, quase. Contudo, não pelo filme em si.

Deixando de parte a componente cinematográfica, cujas reacções dos críticos pude verificar que foram, de resto, agrestes para com a película do realizador Fernando Meirelles, sinto que é importante interpretar e ler além da superfície a coisa que o filme transporta. A profundidade não pode ser inteligida tendo em conta o filme per se. Ora isto para dizer que talvez Saramago tenha tido razão quando recusou por inúmeras vezes ceder os direitos de autor para a realização do filme, por entender que o cinema limita a imaginação. Quantas vezes não nos desiludimos ao ver o filme de um livro que havíamos lido antes?

Saramago afirmou que o filme é violento, pois até a própria vida é uma violência em si mesma. No entanto volto a dizer, não é pela violência, num sentido lato, que adjectivei o filme de "brutalíssimo". Porque em boa verdade, hoje em dia a violência física, emocional e social está, mais do que patente, está gratuita, para não dizer a um nível quase pornográfico. Embora pese a banalização com que imagens e símbolos violentos permeiam o nosso quotidiano, é principalmente a indiferença que lhes prestamos que tornam estas questões em lugares comuns esquecidos.

A palavra «ensaio» assenta que nem uma luva ao título da obra do nobel da literatura. De facto, trata-se de um ensaio que desmonta e disseca o que a civilização oculta sobre a própria e sobre nós enquanto indivíduos e não só. É um reportório deliciosamente constrangedor, e tento dizê-lo da forma menos sórdida possível, porque é deveras complicado elogiar uma análise ou reflexão sobre coisas tão repugnáveis, para nós seres humanos e não meros homo sapiens sapiens.

Quanto ao filme... eu percebo é de culinária e mesmo assim é muito pouco, pelo que posso dizer que deixou-me a pensar mais do que gostaria, mas como uma pitada de sal a mais na comida, isso pode ser bom, como pode ser mau, dependendo do paladar que a degusta.

(nota pessoal: tenho que começar a ver mais comédias, para rir mais vezes e com menos responsabilidade para com o meu umbigo, ora toma!)



19 novembro 2008

Porreiro, tia Manela


Elaborado a partir da imagem vista aqui.


A polémica! A polémica chegou!

Só para me juntar à polémica, claro.



18 novembro 2008

Quando



Quando perdes-te da realidade, quando já não distingues os teus pés do chão que pisas, é quando duvidas da dor que deveras sentiste, quando tocaste a chama férrea, quando ainda assim não acreditavas que não houvesse cicatriz remanescente de quando te atreveste a questionar pela primeira vez quando.



17 novembro 2008

Encher chouriços



Este post é só mesmo para «encher chouriços».

(ainda pensei meter aqui a imagem de uns chouriços, mas depois lembrei-me... whatever.)


10 novembro 2008

Sobre o grau de fofura, ou fofice, conforme o autor



Tornamo-nos cotas quando começamos a achar fofinhas e queridas as crianças, ai tão lindas que elas são... mas continuamos suficientemente jovens enquanto acharmos insuportáveis os berros estridentes daqueles pirralhos, porra!


09 novembro 2008

O delírio consciente



É um frenesim que despoletas no seio da alma. Sem medo na presença, conquanto o transe que provocas, redundantemente hipnótico no vazio que haja sobre ti, sejas um tormento. É o tom da fronteira, a muralha entre o tudo e o nada, ao som da incerteza que gera o nervoso que há em mim, que é o logos desta estupidez tão razoável. As dúvidas que despertas, as questões que tão maliciosamente amordaças, são o alimento e o veneno sagaz da cegueira que lanças. Apaziguando a entropia do espírito, não me peças para explicar isto, ok?



06 novembro 2008

A pedido de várias famílias



Aqui vai, um post sobre o homem do momento, o momento histórico para a humanidade, etc. etc. com o qual este blogue simpatiza e está solidário, mas entende ser demasiado sério para aqui ser tratado. Assim sendo, isto é o que se pode dizer sobre o senador do Illinois recentemente eleito 44.º presidente dos Estados Unidos da América: Obama é fixe.


05 novembro 2008