31 janeiro 2009

Si vous préférez...




La volonté d'ingérence de Raymond Dufayel est intolérable!

Si Amélie préfère vivre dans le rêve et rester une jeune fille introvertie, c'est son droit. Car... rater sa vie est un droit inaliénable!

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O desejo de ingerência de Raymond Dufayel é intolerável!

Se Amélie prefere viver no sonho e permanecer uma jovem introvertida, está no seu direito. Pois... estragar a própria vida é um direito inalienável!


in Le fabuleux destin d'Amélie Poulain



30 janeiro 2009

Fome, ou lá perto



Isto de extrair dois cisos de uma assentada é um número de circo muito giro, em que, neste caso, eu me armei em contorcionista. Estou a exagerar, porque até não me doeu, e este acto de contorção foi meramente mental.

A dor psicológica no dentista é capaz de superar em muito a dor física. Sim, porque apesar de levarmos uma dose de anestesia para cavalo, continuamos a ter medo de ir ao dentista. Não sou eu que o digo, mas sim muita boa gente de boas famílias. Contudo, não me posso queixar muito do meu médico dentista, calmo, sorridente, poupa-me as dores, que realmente não senti, mas chama-me mariquinhas. Ora prefiro queixar-me antes de doer, do que depois. Ha ha ha. Parece que resultou.

Não pude foi fugir da dieta forçada pós-operatório. E é aqui que quero chegar. Apesar da fome, da vontade de comer, de sonhar com bifes suculentos, frango assado, peixinho cozido, a porcaria do McDonalds, javali, crocodilo e girafa; sempre tive energia para pensar (e se o leitor quiser enaltecer o meu esforço, também energia para escrever isto), e daí chegar à conclusão de quatro coisas:

Primeiro, realmente tem razão quem diz para não irmos às compras quando temos fome. Porque assim gastamos mais e desnecessariamente. Eu fui e não pude comprar muito... e tudo o que antes não comprava apetecia-me comprar. Até parei na secção dos queijos e todos me pareciam bons e deliciosos... se bem que só o Terra Nostra - Natural dos Açores - é que é bom. Quem me conhece minimamente sabe porquê.

Segundo, comer realmente deve manter uma pessoa acordada quando tem sono. Digo isto porque à falta de comer tenho tido muito sono. Mesmo...

Terceiro, a falta de açúcar no sangue, realmente, e isto comprova a minha teoria, faz-nos dizer e fazer muitas parvoíces. Como prova disso, não resisti em cá deixar mais uma posta ;)

Quarto, ide comer, que eu não posso.



25 janeiro 2009

24 janeiro 2009

Ok... aqui vai



Este blogue é conhecido pelas suas profundas e reflectidas conclusões sobre o estado do mundo e da sociedade em geral, nos assuntos mais relevantes para a nossa existência, individual e colectiva. Por essa mesma razão é que... vou directo ao assunto.

Sim, vou falar do Obama. Lamento mas as minhas opiniões e dúvidas vão ficar, por enquanto para mim. Como de resto têm ficado... Mas tenho que partilhar isto: após a eleição de Barack Obama, foi com uma estupidamente incrível incredulidade intelectual que assisti sucessivamente a jornalistas a perguntarem a cidadãos negros se sonhavam ou pensavam viver o suficiente para ver o primeiro presidente afro-americano ser eleito.

Este tipo de intervenções denuncia claramente a mentalidade da sociedade que, se não incentiva, não reprova esta postura. Análogamente, estas questões caiem no ridículo, tal como um jornalista que pergunta "como se sente?" a um sobrevivente de um terramoto na Ásia menor, que perdeu a família, a sua casa e todos os seus bens. Como é que ele se sente? Duh!

Se me perguntarem, respondo apenas que não se podem queixar, afinal sempre falei do assunto ;)



21 janeiro 2009

Como contornar situações difíceis



Quando lhe perguntarem algo logicamente embaraçoso, que não consiga resolver nem contra-argumentar, experimente responder com "sou estúpido, grande novidade não?"

Vai ver que salva a face, embora a sua dignidade possa ter morrido ali mesmo.


20 janeiro 2009

Como juntar o útil ao agradável



Já um amigo meu dizia, que o programa da Lucy, entenda-se «Luciana Abreu pós Floribella», é para todas as idades. Cada um vê aquilo que quer, dos putos de 8 anos, aos veteranos de 80 anos. Já viu?

P.S.: Esta semântica é perigosa, mas sou refém desta língua, portuguesa, traiçoeira.


17 janeiro 2009

Amor canibal



Esses olhos teus, cor de chocolate, deliciosos me seduzem... deixa-me vê-los mais perto... deixa-me comê-los.

[dentada]


14 janeiro 2009

13 janeiro 2009

Hum? Sabe-te a quê?



Depois de uma conversa menos mainstream, vem sempre uma reflexão inusitada: mas afinal há alguma forma de saber se um pastel de nata, de preferência de Belém, sabe a alguma outra coisa, que não natas? Era possível tirar da gaveta a teoria do génio maligno, explorada, por exemplo, na trilogia Matrix em que, no caso do frango, ninguém sabia se o frango realmente sabia assim, mas lá que sabia a frango sabia! Então nessa teoria, um génio maligno quererá ocultar-nos o verdadeiro sabor do pastel de nata, que já ouvi dizer ser a laranja. Mas depois isso não faz sentido nenhum, porque a última coisa que me lembro quando como laranja é um pastel de nata. Absurdo. Sim, esta conversa. Porquê? Porque não tem rigor científico. O sabor é quantificável caro leitor. E eu sei que não estou a fazer parágrafos. É de propósito. Hum. Bom, e para intensificar o entusiasmo digo-lhe, a batata não tem sabor! Esta é uma afirmação cientificamente rigorosa! Oh oh, então que sabor é aquele quando como batata? Sem ketchup, sim. Cozida, sim. Antes do azeite... Mas tem sabor não tem? Não tem nada! Isso é impressão tua. A tua língua não é cientificamente rigorosa. Toma lá!

Pausa para café, com um pastel. Se é de nata ou não, já é um tratado de filosofia existencial. Até já.


12 janeiro 2009

Ainda as vacas...



Pergunto-me porque razão os Açores têm uma capacidade de produção leiteira considerável, com qualidade comprovada, e as quotas leiteiras vão para aqueles %$#@%$#@ países que não chegam aos calcanhares das ilhas? É que o leitinho de vaquinha que passa os dias no pasto a comer ervinha, não deve ser pior que o das bovinas esfoladas e drogadas enclausuradas em quintas, a comer tudo menos ervinha, verde, fresquinha, nutritiva, pois. Depois as vacas é que são as más da fita, é é.


09 janeiro 2009

Uma, duas no máximo, vezes por semana



Fernando Alvim defende, na sua rubrica no jornal Metro, desta semana, que a felicidade deve ser encarada como o conceito de mulher-a-dias. Ou seja, não se pode ser feliz todos os dias, um dia sim, outro dia não, ou até só aos fins-de-semana, que sai mais barato. No fim de contas a felicidade não é constante e muito menos permanente. Pois isso já sabíamos, nem que ela acabe quando quem a tem também acabar. Uns dias são melhores, felizes, outros piores, outros nem se fala. Ora também já Miguel D'Ors dizia que "a felicidade consiste em não seres feliz e que isso não te importe".

Agora quero ver alguém explicar a uma criança faminta no deserto, no Chade, que a felicidade é uma mulher-a-dias que só vem algumas vezes por semana. Ah pois certo... não deve saber o que é uma mulher-a-dias. Não é?...


04 janeiro 2009

Terrinha



Depois de uma quadra natalícia sem net, um réveillon com operações stop à espreita, lá no recôndito a que chamo «térrinha», é tempo de regressar. Mas regressar a quê? Espere, caro leitor cosmopolita. Tenho a certeza, ou melhor, tenho e sinto a certeza que não é em qualquer lugar mundano por este mundo fora que somos recebidos por quadrúpedes herbívoros amistosos... à saída do avião. Note-se, são amistosos, até porque não se tratam de gazelas nem zebras, portanto é seguro não se preocupar com carnívoros selvagens lá na minha terrinha.

Mas e depois? Posso ir a Sete Rios e ver uns quadrúpedes bem mais exóticos... como leopardos, tigres, e os outros... trés chic! Hum... pois. A diferença é que os quadrúpedes anteriores podem ser vistos sem ter que se pagar por isso. A sua disseminação é tal que, por vezes, até se nos dá vontade de pagar para nos saírem da frente do carro. E dos lados. E também de trás. E sem sujar. Ora aí está uma situação que pode mostrar quem realmente somos, ao nos colocar complexas e difíceis questões, desde a origem do Universo (que por acaso já não é o Big Bang), relativismo moral, teoria do caos, até, por fim, mecânica física da buzina e agora sim, se a quântica de partículas se aplica à energia dispendida com a paciência. Pois, isto agora é que é exótico, e sempre dura mais qualquer coisa, pelo menos mais que um ataque de felinos famintos e aqueles 10 euros de bilhete para o Jardim Zoológico.

Claro que tenho dúvidas. Para além da origem do Universo, também não sei se o bilhete custa 10 euros. Mas sim, são vaquinhas.