Por outro lado, apercebo-me agora que o Carnaval sambaístico e os Oscars passaram-me completamente, ao lado. Espero não ter perdido nada, como nos últimos anos.
Espero também não ter inventado uma palavra com o derivado de Samba acima desnatado. Estaria a cometer o crime que tanto repudio: a apropriação, uso e emprego banal de termos com origem em língua estrangeira, quando existem termos de raíz de língua portuguesa. O que é, só por acaso, um "ilícito" recorrente em terras do Samba.
Mas eu agora só quero peace and love irmãos.
28 fevereiro 2009
Oi?
27 fevereiro 2009
Dos nomes
Fui avisado. O meu reflexo no espelho, ao ler uma notícia sobre a maior probabilidade para a violência e delinquência de pessoas com nomes menos populares, imediatamente fez questão de me informar da injustiça e risco que é escrever coisas invocando sempre nomes pouco comuns nos dias que correm. Que chatice!
Em minha defesa alego que João e Maria são nomes muito enfadonhos para se escrever sobre...
Por outro lado confirma-se que em Portugal há uma maior preferência por nomes comuns, enquanto que os desvios são desvalorizados. O inverso já acontece no Brasil, onde a originalidade prima sobre todas as características dos nomes, no que toca à popularidade. Madeinusa (do termo "Made in U.S.A.") é indubitavelmente mais popular no Brasil do que em Portugal. Socialmente esta é uma realidade, mas as ilacções a tirar daí são outras... que ficam para depois, ou muito depois.
26 fevereiro 2009
Não dava para acreditar
O pior para Edite não era não acreditarem nela, ainda que tivesse a certeza absoluta do que dizia. O pior era mesmo acertar nas previsões mais terríveis, em que ninguém, naturalmente, queria acreditar.
Ainda se questionava se fora por essa inconveniência constante que as suas colegas haviam sido queimadas. Felizmente os pirómanos já não são bem vistos e as vassouras agora também as há em cabo de metal.
25 fevereiro 2009
Sexy
Se a questão da pilosidade feminina é menos polémica, duvido que do lado masculino haja um consenso tão alargado. De qualquer forma nem vale a pena perguntar se elas preferem os homens depilados ou não, porque, entre outras razões, aquele graffiti é sobre o feminismo. E este ismo vai se calar antes que outros ismos venham dar cabo das minhas pacatas férias.
24 fevereiro 2009
It's alive!
Não vale a pena levar o blogue ao médico, porque quem acabará internado na ala psiquiátrica serei eu e não há isenção de taxas moderadoras para blogues.
A emissão prossegue dentro de momentos... e este post era só para dizer mesmo aquela frase entre parêntesis. De resto, este blogue é feito e faz-se de paradoxos, claro sem a minha interferência, porque ele tem vida própria. Pronto, outro paradoxo?
20 fevereiro 2009
19 fevereiro 2009
18 fevereiro 2009
Beliscão existencial
Depois de nada existir, neste seu plano de inexistência confirmada, facto esse de realidade não confirmável, poderá finalmente beliscar-se. Irá doer. Mas a sua dor não existe. A sua percepção não é de confiança.
Mas sim, belisque-se, e Descartes e Hume irão discutir novamente.
17 fevereiro 2009
Desculpem-me
14 fevereiro 2009
O Cúmulo
O cúmulo não é um bloguer que não tem tempo para o seu blogue, é um blogue sem tempo para o seu dono.
13 fevereiro 2009
Porque também são gente
Não é que amanhã é dia dos namorados? E agora com a discussão pública do casamento homossexual, apercebo-me o quão o "dia de São Valentim" é homofóbico. Ainda estou à espera do spot publicitário em que em vez dos ramelosos Romeu e Julieta, temos também os dois cowboys de "Brokeback Mountain", livres do preconceito e hipocrisia.
Um apelo contra a discriminação, seja ela qual for.
05 fevereiro 2009
Trânsito e, talvez, metafísica
Desde a insólita operação stop a meio da ponte, em que a agente da polícia o mandou encostar à berma da rotunda, que Desidério não dormia, obcecado com o brilho dos olhos da senhora de óculos escuros. Nessa noite mandaram-no parar porque o travão não dava sinal luminoso. Depois de descarregar a frustração na árvore que se encontrava junto à berma, enfrentando-a de frente, lá pagou a multa, mas memorizou o nome gravado no crachá.
Psicopata de profissão, alfarrabista nos tempos livres, o marsupial desajeitado procurou pelo nome. Afinal ela era linda. A caneta. E a assinatura, vá, também, com um registo que deixaria qualquer dactilógrafo em êxtase e com espasmos musculares na cartilagem da extremidade interna do dedo mindinho, atente-se. Encontrou-a.
Mas não podia entrar na esquadra. Era tímido apesar de tudo, e estava fulo com o telefonista ciumento que não encaminhava os telefonemas. Então esperou. Até que ela sai e dirige-se para o cruzamento, para gerir o trânsito. Não se contendo, o lúcido instinto enterra o pé direito canhoto no acelerador e só o pára quando... pronto, já está com ela.
Morreu ali mesmo. Quem?
Ai, que o crachá não era o mesmo.
04 fevereiro 2009
It's about time!
Medo.
03 fevereiro 2009
Lembrar o nada
O silêncio grita,
calando um pulsar cansado.
Desfalece frente ao espelho,
e vê o sentimento alado.
Olhar uma vez mais,
e ver o mudo falar.
Não profere palavras,
mas tudo diz ao pestanejar.
A visão é assim,
uma perene lembrança.
Areia do deserto,
que um dia foi criança.