28 outubro 2009

E não está a ser fácil



-- Em que estão a trabalhar?
-- Estamos a tratar o tema mais importante da condição humana.


17 outubro 2009

Imunidades



Há qualquer coisa de errado, para mim, nessa coisa do racismo. Enquanto durante quase toda a História o racismo era aceite, promovido e abusivamente incrementado, today é repudiado ao ponto de quase, se não mesmo, ser um tabu. Alguém racista é menosprezado, excluído e questionado. O racista não é aceite e acho muito bem. Opróbrio, como dizia a minha professora de Antropologia.

Eu sou racista. Mas não tenho nada contra a cor da pele das pessoas, nem contra a religião ou ateísmo, nem contra a orientação sexual, nem contra as origens, nem contra apelidos esquisitos, borbulhas na cara, sotaques estranhos, tatuagens, estatura, cor preferida, escola em que andou e até os canhotos. Portanto defino-me como um racista que não está nem no 8 de há dois mil anos atrás, nem no 80 de ontem à tarde no Zimbábue. Há que ser franco. Acho que os racistas fanáticos são muito estúpidos. Não têm noção dos perigos da sua profissão.

O meu problema não é nem com os branquelas, nem com os niggas, nem com os monhés, nem com o Salazar. Para mim são iguais e o outro está morto. É com as atitudes das pessoas, com os comportamentos e com os valores que tenho problemas. Por isso eu tenho um sério ataque xenófobo quando me falam em ciganos. Não que eu tenha algum preconceito com a origem das pessoas ditas ciganas, mas sim com grande parte das pessoas dessa origem. Primeiro porque, os seus valores são os meus, mas depois de uma naifada. Os comportamentos deles são os meus, quando estamos a correr na mesma direcção. As atitudes deles são as minhas, só não consigo lembrar-me quando. A minha xenofobia manifesta-se com uma energia nas pernas para correr e palpitações acompanhadas de suores frios. Não há nada que possa fazer, é biológico, patológico, como lhe queiram chamar.

Quando os ditos deixam de desrespeitar-nos a todos, torna-se complicado ser racista, porque deixo de conseguir distingui-los das outras pessoas... Na verdade, passam a conseguir dar-se connosco, a viver em sociedade.

O problema é que não vejo essa tendência a aumentar. E agora sendo intelectualmente desonesto: está-lhes nos genes, ou damos-lhes o benefício da dúvida, novamente (pela enésima vez)? Há que ser politicamente incorrecto, para romper esta imunidade de que tanto gozam os ciganos, isto é, os ciganos maus, porque com festinhas isto continua na mesma.


10 outubro 2009

Ontem, sexta



Ontem, sexta-feira, penso eu, ouvi isto: "Gostava de ter uma pilinha para fazer xixi". Não foi um homem a dizê-lo, mas não foi por isso que foi menos insólito.

Este blogue por vezes tem momentos trágicos, mas não está só.


05 outubro 2009

Serralves e os Antípodas



Momento alto e baixo desta visita a Serralves, por nenhuma ordem em particular:

a) "Haverá vida antes da morte?"

b) "3... 2... 1... Explosão de Sexy!"


04 outubro 2009

Apontamento sobre Cor (e alguma publicidade)



Não fosse uma série de factores comuns na educação e experiência, ou seja, uma grande parte da nossa cultura, não compreenderia a diferença fundamental entre o azul e o magenta.


Foi com alguma graça que ao encontrar um bar estabelecimento de bem-estar, as casas de banho estavam diferenciadas somente pela cor, o azul e o magenta. Óbvio. Mas que seria de mim se fosse daltónico? Se nunca tivesse aprendido esta concepção ocidental, a qual na verdade desconheço as suas obscuras origens, poderia ter tido uma surpresa para mim, e outra pessoa também. Hum...

Bedouin, em São João da Madeira. (pub)