15 março 2009

Pop



Quando um homem tem voz feminina e uma mulher tem voz masculina, quando este homem e esta mulher tem, deste modo, vozes muito semelhantes, o que é pior? Ele ou ela?

Vá, este blogue também tem direito aos seus momentos pop.


09 março 2009

...



Pronto, fiquei sem tempo. Pior ainda, perdi a minha musa...

O blogue continua aqui, mas eu não.

Até já.


05 março 2009

Indagação africana



Já sei que na linguística, dizer "em África" e "na África" é igualmente correcto. E nem se coloca a questão do Português do Brasil / Português Europeu. Agora resta saber, qual será a mais correcta.


04 março 2009

Não era má no que fazia



O problema não era ser má no que fazia, porque até não o era. A incrível excepcionalidade com que exercia o seu ofício era mais um tormento do que um factor de sucesso. Retirava-lhe credibilidade tanta eficiência. Pois todos desconfiavam, qual seria a sua manha. Para piorar as coisas, se depois errasse, diriam que era de propósito.

O problema era mesmo ser boa. Boa no que fazia. No que mais ninguém fazia. Tal como o petróleo para o Médio Oriente, era mais uma maldição que uma fortuna, para Edite.


02 março 2009

Não a levavam a sério



O quotidiano era suportável. Já o feitio das pessoas era mais duvidoso. Sem saber se o mal era seu ou não, Edite pouco podia fazer em relação a essa dúvida. O Mundo não entrava nas estreitas portas da farmácia. Era um obstáculo, por assim dizer, e sem cura, o abutre subsiste. Mas continua. Continua tudo igual, inalterado e sempre. Edite nada pode fazer.

Este negócio da honestidade é na verdade um tanto obscuro. Não adianta responder às inquietações e tormentos, ou até às coscuvilhices da ingerência. O indígena só acredita no que quer ouvir.

Farta de não a levarem a sério e de a trucidarem por suposta falta de talento, decide bater com a porta. Escondeu o infame cristal e foi então que dedicou-se à meteorologia.



01 março 2009

Crise



Isto da crise nem tem muito que se lhe diga, acho. É na verdade muito simples: irresponsabilidade e ganância. [para uma síntese, ver The Crisis of Credit Visualized, em Inglês, sem legendas. Descoberto via a barriga de um arquitecto]

E para ser sincero só me apercebi da dimensão da crise quando aqui na terrinha procurei um café para degustar após o jantar e o exercício que antes era fácil revelou-se estupidamente complicado. A verdade é que nunca tinha visto tanto café encerrado, tanto que era pouco plausível... Pondo de parte uma experiência alucinatória, posso concluir que a coisa está mesmo feia. Soube-me a cereja em cima do bolo que é ver nos noticiários os números do desemprego.

Caminhando mais um pouco, encontro um café aberto e pelo que parece, é recente. Contudo o aspecto não é muito convidativo. Mas é melhor entrar antes que feche também...