Asdrubal, voluntário inoportuno dos peditórios da AMI e semelhantes, carteirista por passatempo e detentor de um atestado de estupidez, que lhe foi passado inúmeras vezes não somente pelo pedopsicólogo do manicómio que visita regularmente, como também pelo próprio Asdrubal, nas mais diversas e insólitas ocasiões.
Certo dia, acorda e toma o pequeno-almoço. Faz a barba da suíça ao umbigo e aplica um pouco da eau de cologne que a sua avó lhe oferecera em 1964. Uma fragrância inconfundível. Corta as unhas de dois meses até o sangue jorrar e lhe arder os dedos, sem se esquecer de as pintar com verniz de carpinteiro -- dá a máxima protecção. Penteia as sobrancelhas, erguendo-as e puxando-as até à nuca. Está pronto para sair.
Dirige-se para o Jardim Zoológico.
Com um ar completamente discreto, puxa da sua mala Louis Vuitton uma das carteiras que pediu emprestado no dia anterior e paga o bilhete. Impávido e sereno, percorre a alameda que conduz aos primeiros animais, até acontecer o inesperado. Asdrubal vê e pára.
Asdrubal vê um indivíduo muito mal vestido, de amarelo e vermelho, com boné e roupa da marca Kodak, fraquinha, sem qualidade nem status, e repara na arara que está colocada sobre ombro, cirurgicamente ao lado do pescoço, pronta a desferir um golpe mortal e sanguinário.
Temendo pela vida, Asdrubal corre e ao chegar à rua grita freneticamente:
-- Fujam!!! Estão soltos!!! Eles estão soltos!!!
Certo dia, acorda e toma o pequeno-almoço. Faz a barba da suíça ao umbigo e aplica um pouco da eau de cologne que a sua avó lhe oferecera em 1964. Uma fragrância inconfundível. Corta as unhas de dois meses até o sangue jorrar e lhe arder os dedos, sem se esquecer de as pintar com verniz de carpinteiro -- dá a máxima protecção. Penteia as sobrancelhas, erguendo-as e puxando-as até à nuca. Está pronto para sair.
Dirige-se para o Jardim Zoológico.
Com um ar completamente discreto, puxa da sua mala Louis Vuitton uma das carteiras que pediu emprestado no dia anterior e paga o bilhete. Impávido e sereno, percorre a alameda que conduz aos primeiros animais, até acontecer o inesperado. Asdrubal vê e pára.
Asdrubal vê um indivíduo muito mal vestido, de amarelo e vermelho, com boné e roupa da marca Kodak, fraquinha, sem qualidade nem status, e repara na arara que está colocada sobre ombro, cirurgicamente ao lado do pescoço, pronta a desferir um golpe mortal e sanguinário.
Temendo pela vida, Asdrubal corre e ao chegar à rua grita freneticamente:
-- Fujam!!! Estão soltos!!! Eles estão soltos!!!
1 comentário:
gostava de ter conhecido esta personagem XD
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