Depois de uma conversa menos
mainstream, vem sempre uma reflexão inusitada: mas afinal há alguma forma de saber se um pastel de nata, de preferência de Belém, sabe a alguma outra coisa, que não natas? Era possível tirar da gaveta a teoria do génio maligno, explorada, por exemplo, na trilogia
Matrix em que, no caso do frango, ninguém sabia se o frango realmente sabia assim, mas lá que sabia a frango sabia! Então nessa teoria, um génio maligno quererá ocultar-nos o verdadeiro sabor do pastel de nata, que já ouvi dizer ser a laranja. Mas depois isso não faz sentido nenhum, porque a última coisa que me lembro quando como laranja é um pastel de nata. Absurdo. Sim, esta conversa. Porquê? Porque não tem rigor científico. O sabor é quantificável caro leitor. E eu sei que não estou a fazer parágrafos. É de propósito. Hum. Bom, e para intensificar o entusiasmo digo-lhe, a batata não tem sabor! Esta é uma afirmação cientificamente rigorosa! Oh oh, então que sabor é aquele quando como batata? Sem
ketchup, sim. Cozida, sim. Antes do azeite... Mas tem sabor não tem? Não tem nada! Isso é impressão tua. A tua língua não é cientificamente rigorosa. Toma lá!
Pausa para café, com um pastel. Se é de nata ou não, já é um tratado de filosofia existencial. Até já.