Isto de extrair dois cisos de uma assentada é um número de circo muito giro, em que, neste caso, eu me armei em contorcionista. Estou a exagerar, porque até não me doeu, e este acto de contorção foi meramente mental.
A dor psicológica no dentista é capaz de superar em muito a dor física. Sim, porque apesar de levarmos uma dose de anestesia para cavalo, continuamos a ter medo de ir ao dentista. Não sou eu que o digo, mas sim muita boa gente de boas famílias. Contudo, não me posso queixar muito do meu médico dentista, calmo, sorridente, poupa-me as dores, que realmente não senti, mas chama-me mariquinhas. Ora prefiro queixar-me antes de doer, do que depois. Ha ha ha. Parece que resultou.
Não pude foi fugir da dieta forçada pós-operatório. E é aqui que quero chegar. Apesar da fome, da vontade de comer, de sonhar com bifes suculentos, frango assado, peixinho cozido, a porcaria do McDonalds, javali, crocodilo e girafa; sempre tive energia para pensar (e se o leitor quiser enaltecer o meu esforço, também energia para escrever isto), e daí chegar à conclusão de quatro coisas:
Primeiro, realmente tem razão quem diz para não irmos às compras quando temos fome. Porque assim gastamos mais e desnecessariamente. Eu fui e não pude comprar muito... e tudo o que antes não comprava apetecia-me comprar. Até parei na secção dos queijos e todos me pareciam bons e deliciosos... se bem que só o Terra Nostra - Natural dos Açores - é que é bom. Quem me conhece minimamente sabe porquê.
Segundo, comer realmente deve manter uma pessoa acordada quando tem sono. Digo isto porque à falta de comer tenho tido muito sono. Mesmo...
Terceiro, a falta de açúcar no sangue, realmente, e isto comprova a minha teoria, faz-nos dizer e fazer muitas parvoíces. Como prova disso, não resisti em cá deixar mais uma posta ;)
Quarto, ide comer, que eu não posso.
30 janeiro 2009
Fome, ou lá perto
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