[Este é um artigo relacionado com a realidade contemporânea e intemporal. Constante, nunca poderá ser lido antes ou depois de agora. Embora pese a síntese sobre a composição, este será o mais contido e mais abrangente possível.]
Hoje é um ponto. Entre vários pontos. Não necessariamente sequenciais. O calendário é um instrumento de escravidão e as horas a comichão da sua presença. Amanhã é um ponto à nossa frente. Que está sempre à nossa frente. Esse ponto. Outro ponto. Ontem também é um ponto. Atrás de nós e sempre atrás. Mas que ponto? Outro também. Como saber? O único ponto que interessa é o agora. Que nada mais é que hoje. Mas um ponto sozinho o é no vazio. Sem ontem nem amanhã. Mas isso são apenas distâncias entre pontos. Todo o ponto é distância até outro ponto. Outro ponto. Não interessa quando. Qual. É outro ponto como este ponto. E preciso dele para não ser um ponto só. Preciso doutro ponto para não ser um ponto. Para ser mais que um ponto. Para ser uma distância. Uma até ao outro. Ponto com o outro. Um ponto ontem nunca é. Um ponto amanhã nunca será. Um ponto hoje só é com outro. Agora e contigo. Ponto final.
[Se não conseguiu ler, terá de regressar ao agora e deixar o antes ou o depois para depois]
01 abril 2010
Ponto [Ponto]
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