28 janeiro 2010

Quanto mais alto sobes...



Porque é que a gravidade nos puxa quando o sonho nos levanta? A quem dar ouvidos?

P.S.: Em todo o caso, os pára-quedas têm uma altitude mínima para funcionarem.


21 janeiro 2010

Na prática já é possível:



Foram 37 as pessoas isoladas que adoptaram uma criança em 2009 - 25 mulheres e 12 homens, homossexuais ou não.

"Adoptei o meu filho e ninguém me perguntou se era homossexual. E eu achei que havia coisas mais importantes para dizer. Soube depois que as técnicas conheciam a minha orientação sexual, mas não era isso que tinham de avaliar. Tinham de avaliar as minhas capacidades como pai, fui considerado pessoa idónea. Não são os políticos que têm de avaliar as minhas capacidades. Deixem isso para os técnicos: assistentes sociais e psicólogos."

in Diário de Notícias. 21 Janeiro 2010

[Ver resto da notícia aqui.]


19 janeiro 2010

Para quê?



Contavam-me a estupefacção com que se pode, e deve-se, ficar quando alguém nos pede desculpa. Não é dizer que pedir desculpa seja errado, mas sim por vezes inusitado e principalmente insuficiente.

Parece que hoje em dia, quando se cria um problema ou faz-se alguma asneira, basta pedir desculpa, pura e simplesmente. Como se pedir desculpa desresponsabilizasse quem cria o problema, resolvendo-o. Infelizmente não é verdade a maioria das vezes, um pedir desculpa nada resolve.

Pedir desculpa para quê? Sim, é bonito e fica bem. É educado. Apazigua ânimos. Mas não compra um copo partido, não paga o risco no carro, não arranja o buraco por causa da ponta de cigarro, não repara sentimentos, não tira dores, não traz alguém de volta.

Significa assumir responsabilidade? Por vezes sim, mas isso só não basta, porque assumir essa responsabilidade é mais do que se acusar pelo problema, é trabalhar para resolvê-lo. Isto para que pedir desculpa seja também em si responsável e não mais uma banalidade. Senão não se está a assumir responsabilidades, está-se apenas a "pedir desculpa".


17 janeiro 2010

Reconhecimentos



Okay, já que este é um assunto em voga, aqui vai: deve Portugal reconhecer a independência das suas colónias? Claro que... ###

Pois, ninguém se entende.

Agora algo mais desactualizado... o casamento homossexual. Tenho a minha opinião pessoal, mas há argumentos que não percebo. Por exemplo, começam a questionar a definição de casamento porque, ainda que concordem, há quem não aceite que se lhe chame "casamento". Lamento que seja preciso uma desculpa destas para debater o que é o casamento, hoje em dia. Há uma relação muito próxima entre casamento e família, ás vezes quase em sinonímia.

Penso que há um desfasamento entre a definição de família de há dois séculos atrás, e a realidade que temos actualmente. Para começar famílias numerosas fazem parte de um imaginário cada vez mais distante. Filhos únicos, dois filhos, famílias monoparentais, casais sem filhos, famílias de uma só pessoa... é mais isto que se passa. Tendo em conta esta realidade, acho que é razoável que se ajustem mentalidades, certamente.

É incorrecto chamar "casamento" à união legal(izada) de pessoas do mesmo sexo? Porquê? Porque a definição de casamento e/ou família (até porque o casamento pressupunha constituição de família) de há dois séculos está a ser desrespeitada? Na verdade está desactualizada, se assim a entenderem, porque senão até arriscamo-nos a ter de reconhecer que casamentos e famílias, haverá poucos.

"Chamem-lhe outra coisa!". Ridículo. Mudem de nome.

Depois há outros argumentos que me parecem tão... sei lá. Os problemas incutidos aos casais homossexuais, já existem nos casais heterossexuais, ou até mais. E podíamos ir até à adopção, tema sobre o qual nem tenho opinião ainda, mas até agora os argumentos contra não me parecem suficientes para refutar essa hipótese. Ora vejamos, os filhos vão chamar pai e mãe a quem? O mesmo poderia dizer sobre a situação dos divorciados, pais solteiros e orfãos.

Não podem ter filhos naturalmente. Nem muitos casais heterossexuais, que só com ajuda da Medicina conseguiram ter filhos.

Não dariam um ambiente equilibrado para as crianças crescerem. Se isso acontecesse, não seria novidade, pois já há muitas famílias desiquilbradas com pais heterossexuais com filhos. Vá lá, um argumento mais sólido? Ou nem por isso?

E o cúmulo mais provocador, o dia em que um casal de padres (sim, os padres que não se podem casar na igreja Católica) (e sim, certamente também existirão padres homossexuais) adoptar uma criança! E com isto um enfarte abalava alguns corações mais conservadoramente sensíveis. A minha avó se imaginasse isto, amanhã já teria de ir lá eu à terrinha por motivos maus.

Reconheço a necessidade de pensar sobre o assunto, todos nós. Razões e argumentos mais limpos e sólidos, se faz favor...


16 janeiro 2010

Nevertheless, it lives!



Sim, ainda está vivo. Ou pelo menos não está mesmo morto. Ou então não cheira a mofo, ainda.

A transmissão prossegue dentro de instantes...