O problema não era ser má no que fazia, porque até não o era. A incrível excepcionalidade com que exercia o seu ofício era mais um tormento do que um factor de sucesso. Retirava-lhe credibilidade tanta eficiência. Pois todos desconfiavam, qual seria a sua manha. Para piorar as coisas, se depois errasse, diriam que era de propósito.
O problema era mesmo ser boa. Boa no que fazia. No que mais ninguém fazia. Tal como o petróleo para o Médio Oriente, era mais uma maldição que uma fortuna, para Edite.
Sem comentários:
Enviar um comentário